sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Feito um picolé no Sol
Nico Nicolaiewsky


Quero um barco meio mar um meio não achei não veio pra sair do charco feio quero um barco meio mar um porto meio lar um corpo feito pra se amar e sem receio meio assim doente de repente cheio desse olhar ausente meio louco meio um sufoco meio coca cola meio mal da bola meio inconseqüente como se no meio da cidade na velocidade na saudade na maldade à toa nessa claridade tanta coisa boa se desmancha feito um picolé no sol e feito um picolé no sol eu quero estar agora pra esquecer do mal que tá lá fora me esperando pra cobrar a taxa tá com a mão toda suja de graxa tô ficando meio assim xarope dessa lenga lenga já amarrei o bode pode crer que tudo tem a ver com tudo tem a ver com o mundo tem a ver com ser perfeito tá na rua tá na banca de revista tô na pista e não te desconcerta sempre alerta na notícia esperta nesse compromisso numa dose certaVeio como onda bomba longa história nua e sem certeza sobre a mesa tua crua e sem semente mente me confunde funde a minha e a tua neste instante ante vejo um pôr do sol brilhante como nunca dantes me arriscar e fui tomar a cara um primeiro passo dum segundo passo dum terceiro passo eu acho no caminho dessa descoberta não tem compromisso com trilhar o que já foi trilhado deixo tudo ali do lado e parto cego e sempre em frente um tanto quanto alucinado e nado para estar presente nada como estar assim ciente sem estar cansado sem estar à margem sem estar doente sem faltar coragem sem querer fazer charminho sem querer carinho sem querer carona quero um barco meio mar um porto meio lar um corpo feito pra se amar crua e sem semente mente me confunde funde a minha e a tua neste instante um primeiro passo dum segundo passo dum terceiro passo
e depois

só nós dois
tudo mais
tanto faz
quero amor
quero luz

Um comentário:

şeyma disse...

çok güzel olmuş sen bana yorum yazarmısın?