domingo, 30 de dezembro de 2007


Noite insone
Abraça-me
com teus encantos
e
tuas perversidades

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

2008 vem aí mostrando as travas da chuteira



O Lado Obscuro da Minha Mente deseja:

Um novo ano insano, contudo, porém, profícuo nas conquistas, projetos, demandas reprimidas, sonhos, taras, fantasias, obscenidades....
Almejamos no mesmo sentido, que os credores sejam mais toelrantes, que haja menos pessoas nas filas, que não falte gelo pro uísque, muito menos uísque... Que o Internacional faça muitos gols e que a vizinha gostosa de cima grite menos durante os orgasmos.
Preprare-se, o jogo é de pêlo duro, matungo encrespado.
Portanto, ligue-se, o inusitado é inevitável.

Esteja preparado e se for o caso IMPROVISE.
Faça jam-session com a vida !!!!!!!

Nick Mason

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Trânsito Noturno



Percorri esconderijos mundanos

Encontrei desamparados


Te procurei em botecos

Vi só rostos derrotados


Caminhos obsoletos

Sorrisos inebriados


Me perdi em arapucas

Umbrais transitei

Escuridão palco horror


Noite injusta com quereres

domingo, 23 de dezembro de 2007

sábado, 22 de dezembro de 2007

Como


Como viver assim
Ignorando a verdade
incontestável

Como viver assim
Abdicando da verdade
inaleável

Como viver assim
Sufocando a verdade
insofismável

Como viver assim
Alicerçando a mentira
irresistível
Era uma vez


Era uma vez
e bastou.
O resto
é conhecido e
o final,
obviamente,
infeliz...

domingo, 16 de dezembro de 2007

Piazzolla instiga...

Feche seus olhos

E escute

Ritmo bússola

Cama harmônica

Desencontro dissonantes

Acolhe deslizes

Cortina proteção

Permite segredos

Nudez seres

Desabotoando posturas

Expondo cicatrizes

Tudo gira

Nada aquieta

Permissão pecados

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Te Perdi

Te perdi em detalhes,

Em palavras não ditas.

O medo suplantou o desejo.

Querer-te agora,

Será que mereço?

O tempo zombou de mim,

Me fez pagão,

Ofuscou minha ética.

Hoje não mais te mereço,

Mesmo querendo-te.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ancoradouro


Esbarro na vida.

Levo assim, como por acaso,

Meio moleque.

Não combina com meus cabelos brancos.

Sinto o silêncio diferente de ontem,

Consigo contemplar o assovio matinal,

Contrastes de tempos oposto num mesmo.

O arco-íris da minha vida,

Por vezes se perde no horizonte dos devaneios.

Sintonizo o dial, mas a interferência,

Penetra sorrateira.

Preciso da tua bússola guia,

Tem olhar norte,

Teu toque âncora,

Teu abraço bunker,

Teus beijos asas,

Da tua insanidade lúcida.

Essa música nunca foi tão perfeita assim.

A noite acolhe meu pensar,

Chego a te sentir me espiando,

Viro e nada,

Só sentimentos voando,

Fazendo sombras na minha cabeça,

Como um pequeno bote em alto mar,

Em dia de tempestade.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Nesse emaranhado

Não há como fugir


Entrega é a senha


Sem medo ou pudor

sábado, 24 de novembro de 2007

Don Martin


“...
Se amar como dois animais
Meu olhar vagabundo de cachorro vadio
Olhava a pintada e ela estava no cio
Era um cão vagabundo e uma onça pintada
Se amando na praça como os animais
Foi mistérios e segredo e muito mais
Foi divino brinquedo e muito mais
Se amar como dois animais...”



Alceu Valença

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Noite devassa

Chega debochada

Irônica de intenções


Cinzeiros embitucados


Blues agonia

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Hálito nicotina dissipar,

sopro manhã acorda penetra.

Noite de excessos despede-se,

deixando suas cicatrizes.

Poucas palavras a dizer.

Quem sabe ainda mais um toque,

um gole de uísque barato,

no limite da pernoite do bolorento motel.

E só restará a marca do teu último olhar,

como recordação e nada mais...



Luz Fresta

Vc penetra frestas,

luz narcotiza,

me instiga

a não querer voltar

a realidade...

Sedução exposta.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Glórinha

Era dia de semana. Mais uma reunião almoço, burocracia no prato principal. Encontros profissionais que normalmente só encaminham tarefas, resoluções ficam para outro momento menos gastronômico.
Eu não gosto deste tipo de encontro profissional, acho improdutivos e também não se come bem. Para um glutão isso é um favor relevante.
Só que nesse não foi bem assim...
Entre cumprimentos cordiais, pastas, documentos.
Adentra cenário: sorriso cativante, roubando minha concentração. Derrubando argumentos.
Como seria seu nome? Desejei que fosse Glórinha, a mesma que Nelson Rodrigues descreve em “ O Casamento”. Sim, aquela menina verniz casta, porém devassa em segredos.
A minha Glórinha, menina mulher, amante fêmea.
Reparo detalhes, trejeitos. Preciso me fazer notado.
Já nem sei onde foi parar a pauta. Só ouço burburinhos.
Analiso papéis inelegíveis. Tento disfarçar.
Sinto que cada gesto me denuncia.
A reunião termina, sem saber do desfecho. Só me vem à cabeça como descobrir meios de reencontrá-la. Na verdade nem sei o que ela foi fazer, praticamente não disse nada, nem abriu qualquer pasta ou acrescentou algo relevante ao encontro. Só queria saber se ela me notou. Se positivo, não esboçou qualquer sinal. Essa é minha Glórinha ! Discreta, mas devassa na hora certa. Sei, não me digam nada. Deixa essa incógnita me embalar.
Já passou um ano desse encontro e nunca mais tive notícia da minha Glórinha. Só sei que ela ainda perambula nas minhas lembranças.

sábado, 27 de outubro de 2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Cuidado com esse Machado


Estalos, ruídos,
Sombras desconexas.
Silêncio capela,
Penumbra assustadora.
Vejo-me perdido,
Comigo mesmo.
Sustos,
Pensamentos vagos.
Respiro tudo em volta,
O ar não basta.
Perdi o controle.
Tua imagem já não reflete
No tubo da minha lembrança.
A lámina afiada da tua ausência,
Como um machado impiedoso,
Dilacerando-me.
Pensar em ti,
Uma brincadeira perigosa,
Um labor masoquista.
Vício de desejo,
Impulso de dor e querer.
Entrego-me como oferenda,
Ao sacrifício

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Frase solta

Quisera ser
Tua praia
Teu coqueiro
Tua ilha

domingo, 7 de outubro de 2007

BAQUETEANDO CONTIGO
Silvia


QUISERA SER TUAS BAQUETAS,
NÃO MERAS BAQUETAS,
AS TUAS BAQUETAS....
SERIA TUAS BAQUETAS.
EXTENSÃO DOS TEUS DEDOS,
APÊNDICE DOS TEUS OSSOS.
SENTIRIA TUA PULSAÇÃO,
CURTIRIA TUA VIBRAÇÃO.
NÃO MERAS BAQUETAS.
MAS AS TUAS...
TEUS DEDOS PRESSIONANDO,
SUANDO EM MIM...
TE DAR MEU MELHOR SOM.
SER TUA, APENAS TUA.
AS MAIS PRECIOSAS BAQUETAS.
SIMPLES BAQUETAS...
VIBRANDO CONTIGO,
ARRANCANDO DE TI O MAIS FORTE INSTINTO
SOAM, TOAM, RUFAM...
TRIBALMENTE ME ANUNCIANDO !
CONTIGO E BAQUETEANDO EM TI,
EM MIM... NÓS,
TAMBORES... SABORES...

TONS... SONS

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Quem és?

Ícone, parábola
Dama de ouro
Equação logaritmo
Tabela periódica
Raiz quadrada
Num jogo qualquer



Peixe fora d'água

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Tem horas que
mesmo um solo
de Dave Weckl
não consegue mensurar
a grandiosidade do momento.
Seven

Trafego beirando
Limites e conceitos,
Mesmo divagando,
Troco de leitos,
Feito nômade.
Surrupio, degluto,
Enlouqueço,
Faço gênero, fodo...
Quero pecar,
Todos capitais
E mandar postais.
Nossos corpos arrebatados,
Extenuados,
Agora tênues,
Minha boca te procura
Em diálogo sussurado.
Entrelaçe de peles
Sutento descanso júbilo.

O que tu quis dizer?


sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Feito um picolé no Sol
Nico Nicolaiewsky


Quero um barco meio mar um meio não achei não veio pra sair do charco feio quero um barco meio mar um porto meio lar um corpo feito pra se amar e sem receio meio assim doente de repente cheio desse olhar ausente meio louco meio um sufoco meio coca cola meio mal da bola meio inconseqüente como se no meio da cidade na velocidade na saudade na maldade à toa nessa claridade tanta coisa boa se desmancha feito um picolé no sol e feito um picolé no sol eu quero estar agora pra esquecer do mal que tá lá fora me esperando pra cobrar a taxa tá com a mão toda suja de graxa tô ficando meio assim xarope dessa lenga lenga já amarrei o bode pode crer que tudo tem a ver com tudo tem a ver com o mundo tem a ver com ser perfeito tá na rua tá na banca de revista tô na pista e não te desconcerta sempre alerta na notícia esperta nesse compromisso numa dose certaVeio como onda bomba longa história nua e sem certeza sobre a mesa tua crua e sem semente mente me confunde funde a minha e a tua neste instante ante vejo um pôr do sol brilhante como nunca dantes me arriscar e fui tomar a cara um primeiro passo dum segundo passo dum terceiro passo eu acho no caminho dessa descoberta não tem compromisso com trilhar o que já foi trilhado deixo tudo ali do lado e parto cego e sempre em frente um tanto quanto alucinado e nado para estar presente nada como estar assim ciente sem estar cansado sem estar à margem sem estar doente sem faltar coragem sem querer fazer charminho sem querer carinho sem querer carona quero um barco meio mar um porto meio lar um corpo feito pra se amar crua e sem semente mente me confunde funde a minha e a tua neste instante um primeiro passo dum segundo passo dum terceiro passo
e depois

só nós dois
tudo mais
tanto faz
quero amor
quero luz

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

sábado, 22 de setembro de 2007

Sexo

Tua presença causa tremores
Pêlos oriçam
Pensamentos volitam
Procuro amores
Entre laços
Volúpia corre
Te pego em abraços
Fuga morre
Sensatez sem nexo
Termina em ...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007



Onde foi que te perdi?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

20 de setembro

SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS DE MODELO A TODA TERRA

sábado, 15 de setembro de 2007

Olhe em Volta


Olhe em volta,
Tantas pessoas indo,
Rumando para seus lares,
Amores, temores.

Brilho lunar
Espanta sombras,
Ilumina rotas,
Feito letra morta.

Olhe em volta,
Tantos desejos,

Furtos, lampejos...

domingo, 9 de setembro de 2007




As Metamorfoses do Vampiro
(de Baudelaire)

E no entanto a mulher, com lábios de framboesa,
Coleando qual serpente ao pé da lenha acesa,
E o seio a comprimir sob o aço espartilho,
Dizia, a voz imersa em bálsamo e tomilho:
-“A boca úmida eu tenho e trago em minha ciência
De no fundo de um leito afogar a consciência.
Sou como, a quem vê sem véus a imagem nua,
As estrelas, o sol, o firmamento e a lua!
Tão douta na volúpia eu sou, queridos sábios,
Quando um homem sufoco à borda dos meus lábios
Ou quando o seio oferto ao dente que mordisca,
Ingênua ou libertina, apática ou arisca,
Que sobre tais coxins macios e envolventes
Perder-se-iam por mim os anjos impotentes!”
Quando após me sugar dos ossos a medula,
Para ela me voltei já lânguido e sem gula
À procura de um beijo, uma outra eu vi então
Em cujo ventre o pus se unia à podridão!
Os dois olhos fechei em trêmula agonia,
E ao reabri-los depois, à plena luz do dia,
A meu lado, em lugar do manequim altivo,
No qual julguei ter visto a cor do sangue vivo,
Pendiam do esqueleto uns farrapos poeirentos,
Cujo grito lembrava a voz dos cata-ventos
Ou de uma tabuleta à ponta de uma lança,
Que nas noites de inverno ao vento se balança.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Não tenho nome

Eu tenho sede

Alimento tua fantasia

Eu tenho fome

Eu tenho em mente

Uma

Grande orgia



Paulo Miklos
Vivo
Lenine / Carlos Rennó

Precário, provisório, perecível
Falível, transitório, transitivo
Efêmero, fugaz e passageiro:
Eis aqui um vivo
Eis aqui um vivo
Impuro, imperfeito,
impermanente
Incerto, incompleto, inconstante
Instavel, variável, defectivo
Eis aqui um vivo
Eis aqui
E apesar

Do tráfico, do tráfego equívoco,
Do tóxico do trânsito nocivo;
Da droga do indigesto digestivo;
Do câncer vir do cerne do ser vivo;
Da mente, o mal do ente coletivo;
Do sangue, o mal do soropositivo;
E apesar dessas e outras,
O vivo afirma, firme e afirmativo:
"O que mais vale a pena é estar vivo"
Não feito, não perfeito, não completo,

Não satisfeito nunca, não contente,
Não acabado, não definitivo:
Eis aqui um vivo
Eis me aqui

Nossos corpos
Entrelaçados
Encontro de pele com pele
Agora jaz rochedos
Lava da nossa fusão

domingo, 2 de setembro de 2007

Um lugar

Um caminho

Uma lembrança

Um desejo

Uma lamentação

Adios



Teu corpo gira, rodopia


Trejeitos que inspira


Guitarra sem medo urra


Tensão abraça soberanamente


Tango flamencamente


Disputo teu corpo e ser


Sem mais desculpas e


fugas...




Mini-poema


Corpos
Silêncio
Suspiros
Toques
Ousadia
Conluio
Sexo
Êxtase

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Piazzolla instiga...

Feche seus olhos
E escute
Ritmo bússola
Cama harmônica
Desencontro dissonantes
Acolhe deslizes
Cortina proteção
Permite segredos
Nudez seres
Desabotoando posturas
Expondo cicatrizes
Tudo gira
Nada aquieta
Permissão pecados

sábado, 18 de agosto de 2007

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Homenagem a Frida Kahlo



Corpo Guia
Fique assim
À deriva
Deixa-te levar
Pela correnteza sanguínea

terça-feira, 7 de agosto de 2007

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cheiros, olores, rotas

Sinto teu cheiro.
Éter, olor,
Trazido pela chuva,
Narcotizando esperanças.
Me desfaço de inseguranças.
Explode emoção.
Violinos te anunciam.
Cheiro de desdém,
Não me abala.
Respiro fundo e
Sigo no encalce
Da rota perfumada
Do teu ser.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Charles Bukowski

Conversa às 3h30 da madrugada


às 3h30 da madrugada
uma porta se abre
e há passos na entrada
movendo um corpo,
e uma batida
e você repousa a cerveja
e responde.

com os diabos,
ela diz,
você não dorme nunca?

e ela entra
com rolos no cabelo
e num robe de seda
estampado de coelhos e passarinhos
e ela trouxe a sua própria garrafa
à qual você gloriosamente acrescenta
2 copos;
o marido, ela diz, está na Flórida
e a irmã manda dinheiro e vestidos para ela,
e ela tem estado procurando emprego
nos últimos 32 dias.

você diz a ela
que é um cambista de jóquei e
um compositor de jazz e de canções românticas,
e depois de alguns copos
ela não se preocupa em cobriras pernas
com a beira do robe
que está sempre caindo.
não são pernas nada feias,
na verdade são pernas ótimas,
e logo você está beijando uma
cabeça cheia de rolos,

e os coelhos estão começando a
piscar, e a Flórida é longe, e ela diz
que não somos realmente estranhos
porque ela tem me visto na entrada.

e finalmente
há muito pouca coisa
para dizer.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Adeus

Despeço-me hoje
Do peso da intolerância
Da palavra não dita
Outono, carvalho seco caí
Ciclo de vida
A crosta do ócio pesa
Adeus ao mofo, ao cadeado
Luz, ar, som
Outono, vento areja
Terra preta fértil
Húmus de esperança, plantio e colheita
Fruto, vida sabor.
ORDEM e PROGRESSO


terça-feira, 17 de julho de 2007

STOP


I wanna go home,

Take off this uniform and leave the show,

But I'm waiting here in this cell because

I have to know,

Have I been guilty all this time?
By Roger Waters
O tempo destrói tudo








domingo, 15 de julho de 2007

Jazz

Solo de sax
invade, sem pedir licença.
Não há maior jazz
Do que gastar todo meu gás
Com você.
Aumenta o volume,
Fodam-se os incrédulos!
A noite merece essa música
que te ofereço...

sábado, 14 de julho de 2007

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Estrela Cadente


Meu All Star ,
não serve mais.
Abandonado no fundo da gaveta,
como troféu de resistência.
Guarda na sola,
mapas de viagens,
ideologias,
guitarras distorcidas e utopias...
Cumpriu sua tarefa,
Inobstante tropeços,
Conduziu-me até onde pode.
Combalido das convicções,
Hoje cético,
E nem tão ético,
Busca um lugar,
Seguro para descansar,
Cadarço frouxo,
Dos desbotados sonhos,
Em busca de brilho bússola.

quinta-feira, 12 de julho de 2007


Rima Rica / Frase Feita
Nei Lisboa


Desculpe, meu bem
Se ontem te fiz chorar
Mas a vida é assim mesmo
Não se pode exigir
Pouco dá pra esperar
Muito obrigado por tudo
Pelo teu suor, pelos teus gemidos
E espero que a minha estupidez
Cicatrize teus sentimentos feridos
Nasci e morro assim, só
Perdido no escuro, dentro de mim
E vou cruzando o barro
Vou comendo pó
Até que chegue o fim
Mas a força eu retiro
Sugo feito vampiro
De saber que as estrelas
Também vivem sós
De um cigarro amassado
De uma rua deserta
De outros que até eu posso sentir dó
Da menina de olhos grandes como a lua
De uma noite sentindo tua carne crua
E dos bares, das festas
Dos vinhos, serestas
Das mentes infestas de podres horrores
De mil desamores
Do chope das quatro
Desse louco mundo putrefato
Dessa grande peça de teatro

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Música... Ah! A música

Notas Soltas

Melodia sentimento,
Saxofonada em versos.
Tambores tribais,
Eruditamente esteio.
Manta aquece,
Notas soltas,
Entremesa com cordas, sopros
E ritmos.
Prelúdio e réquiem,
Leito contexto.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Eclipse

Tem horas que você destrói tudo,
Noutras quebra-cabeça.

Momentos de fúria,
Outros ternura.

Tem horas de lucidez,
Noutras abismo.

Momentos de silêncio,
Outros de blasfêmia.

Tem horas de poesia,
Outras de frases feitas.

Momentos de luz,
Outros de biombo.

Tem horas de toque,
Outras de música.

Momentos de entrega,
Outros de débito.

Tem horas de ser o que se é,
Outras de se fazer ser...

domingo, 10 de junho de 2007












"Os dias parecem séculos,
e se parecem uns com os outros,
como enfermeiras nos filmes de guerra
e violinos nas canções de amor."

Engenheiros do Havaii

sábado, 9 de junho de 2007

Pinketes












Já não há palavras...

Somente corpos em falas.








Tem coisas
que só
um solo de trumpete
no meio
da madrugada
explica.

Colaboração de Dany Emerson






sexta-feira, 8 de junho de 2007

Um blues

Noite pagã...
Sem piedade, adentrou
Surripiou esperanças.
Resta-me o violão empoeirado,
rascunhando notas blues lamento.
E que ninguém ouse acender a luz!

Mais um ciclo

Quem sabe agora flui...
Ou só aromatiza,
Não interessa as consequências...
Bom é ver, sentir, estar...