terça-feira, 16 de setembro de 2008

Terça Narcótica


Noite de pouca conversa
Noite de acordes dissonantes
Noite de rock
Noite de lamento
Noite de desencontros
Noite de muito volume
Só mais uma noite...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Talibã


Palavras ditas

O potencial do teu verbo

Não gera ação...

Somente dúvidas.

Nega e ages o oposto,

Confirma e recusa-se...

Esse duelo fascina e cansa...

Atiça-me.

Tua caligrafia,

Seduz e repulsa.

Paz e disputa.

Rima fácil seria um

Final feliz.

Mas, não existe

Cessar fogo...

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Um Blues

Noite pagã...
Sem piedade, adentrou
Surrupiou esperanças.
Resta-me o violão empoeirado,
rascunhando notas blues lamento.
E que ninguém ouse acender a luz!



Re-postagem

domingo, 3 de agosto de 2008

LOUCOS DE CARA
Kleiton e Vitor Ramil


Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Não importa
que Deus jogue pesadas moedas do céu
vire sacolas de lixo pelo caminho
Se na praça em Moscou
Lênin caminha e procura por ti
sob o luar do oriente
fica na tua
Não importam vitórias
grandes derrotas, bilhões de fuzis
aço e perfume dos mísseis nos teus sapatos
Os chineses e os negros
lotam navios e decoram canções
fumam haxixe na esquina
fica na tua

Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Não importa
que Lennon arme no inferno a polícia civil
mostre as orelhas de burro aos peruanos
Garibaldi delira
puxa no campo um provável navio
grita no mar farroupilha
fica na tua
Não importa
que os vikings queimem as fábricas do cone sul
virem barris de bebidas no Rio da Prata
M'boitatá nos espera
na encruzilhada da noite sem luz
com sua fome encantada
fica na tua

Poetas loucos de cara
Soldados loucos de cara
Malditos loucos de cara
Ah, vamos sumir!

Parceiros loucos de cara
Ciganos loucos de cara
Inquietos loucos de cara
Ah, vamos sumir!

Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!
Se um dia qualquer
tudo pulsar num imenso vazio
coisas saindo do nada
indo pro nada
se mais nada existir
mesmo o que sempre chamamos REAL
e isso pra ti for tão claro
que nem percebas
se um dia qualquer
ter lucidez for o mesmo que andar
e não notares que andas
o tempo inteiro
É sinal que valeu!
Pega carona no carro que vem
se ele não vem, não importa
fica na tua

Videntes loucos de cara
Descrentes loucos de cara
Pirados loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Latinos, deuses, gênios, santos, podres
ateus, imundos e limpos
Moleques loucos de cara
Ah, vamos sumir!
Gigantes, tolos, monges, monstros, sábios
bardos, anjos rudes, cheios do saco
Fantasmas loucos de cara
Ah, vamos sumir!

Vem
anda comigo
pelo planeta
vamos sumir!
Vem
nada nos prende
ombro no ombro
vamos sumir!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008


Você me inquieta

Há sinais

Indiscutíveis que existe por aí...

Um continente para desbravar.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Existe uma voz inquieta
Vezes impossível segurá-la
Necessário urrar
Busco refúgios em falas,
pensamentos e músicas...
Ou em pseudônimos bizarros,
Atitudes personagens...
Existe uma voz inquieta

terça-feira, 15 de julho de 2008

Malabaristas do Sinal Vermelho
João Bosco


Daqui de cima da laje
Se vê a cidade
Como quem vê por um vidro
O que escapa da mão
Uns exilados de um lado
Da realidade
Outros reféns sem resgate
Da própria tensão
Quando de noite as pupilas
Da pedra dilatam
Os anjos partem armados
Em bondes do mal
Penso naqueles que rezam
E nesses que matam
Deus e o diabo disputam
A terra do sal
Penso nos malabaristas
Do sinal vermelho
Que nos vidros fechados dos carros
Descobrem quem são
Uns, justiceiros, reclamam
O seu quinhão
Outros pagam com a vida
Sua porção
Todos são excluídos
Na grande cidade

terça-feira, 8 de julho de 2008

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Minha linda,

Nunca te esqueci,
Você sempre esteve presente
Nesses anos todos,
Menina,
Mulher...
Todo dia, dia após dia...
Eu acredito em tudo o que disse.
Mesmo descrente...
Me fazia feliz acreditar...
E ainda faz.
O tempo é uma convenção,
Só isso...
Te sinto longe e perto.
Tudo isso é ficção.
Real é o
teu suor que ainda
exala o perfume
do teu ser...
Você ainda faz parte
de tudo !!!!!!
Minha linda,
Não tem como te esquecer...
Brindo-te em robustas
doses de reminiscências...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Faço você ter
desejos
pelas letras vociferadas...
Soluçando sentimentos nas
entrelinhas.
Perdendo-se nos espaços
das minhas idéias.
Buscando refúgio,
aconchego e
GUERRA.

sexta-feira, 27 de junho de 2008



Sorvo-te em gotas

Puras, sem mistura
Direto da nascente
Da tua silhueta e cavidades...
Sabor entrega
Noite lacrimeja
Frio que penetra sorrateiro
O sauvignon aquece tua
dissídia...
Dias melhores frutificarão
E outras melodias acalentarão...
Hoje só lamúrios embolorados

sexta-feira, 13 de junho de 2008


A noite chegou felinamente recostando-se
Furtivamente, me perdi nos devaneios.
Já nem sei que vim fazer.
O Frio cobre meu rosto,
meus anseios, medos e dúvidas...
E minha certeza, jaz.
Bastaria tua presença para apaziguar.
Recostaria-me nos teus afagos e
de longe sentir tempo esvair-se...

domingo, 8 de junho de 2008

Pigarro


Sax barítono tem
a rouquidão de
uma noite enfumaçada,
de uísque barato e
desencontros...

sábado, 7 de junho de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

Farol me guia,

Penhascos naufrágio.

Nas areias da praia,

Nossa história escrita,

Que a maré faminta

Devorou há muito tempo...

Hoje só o vento nordeste

Ousa dizer algo.

terça-feira, 18 de março de 2008

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Às vezes suplico,
noutras abomino.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O sino bate,

Igrejas insistem.

Descrença satiriza beata.

O sino bate,

Chuva verdifica,

Surge esperança,

Você brota,

Quando já não havia ilusão.

Quilha embalada pela vela,

Singra oceano paixão.

Ancoradouro,

Querer-te atracar.

Corsário cético,

Hoje crente.

Você existe.

É por isso,

O sino bate.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

E então, que quereis?...

Maiakóvski


Fiz ranger as folhas de jornal

abrindo-lhes as pálpebras piscantes.

E logo

de cada fronteira distante

subiu um cheiro de pólvora

perseguindo-me até em casa.

Nestes últimos vinte anos

nada de novo há

no rugir das tempestades.

Não estamos alegres,

é certo,

mas também por que razão

haveríamos de ficar tristes?

O mar da história

é agitado.

As ameaças

e as guerras

havemos de atravessá-las,

rompê-las ao meio,

cortando-as

como uma quilha corta

as ondas.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Onde está?

Te sinto próxima do coração

Longe da pele

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Dilbert - Scott Adams

contribuição FM










Meu sim é vacilante
Meu não, preguiçoso
Certezas inócuas
Dúvidas vorazes

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Olhe em Volta

Olhe em volta,

Tantas pessoas indo,

Vindo para seus lares,

Amores, temores.


Brilho lunar

Espanta sombras,

Ilumina rotas,

Feito letra morta.


Olhe em volta,

Tantos desejos,

Furtos, lampejos...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008


Poema nos meus 43 anos
Charles Bukowski

Terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida
careca como uma lâmpada,
barrigudo,
grisalho,
e feliz por ter
um quarto

... de manhã
eles estão lá fora
ganhando dinheiro:
juízes, carpinteiros,
encanadores, médicos,
jornaleiros, guardas,
barbeiros, lavadores de carro,
dentistas, floristas,
garçonetes, cozinheiros,
motoristas de táxi...

e você se vira
para o lado esquerdo
para pegar o sol
nas costas
e não
direto nos olhos

sábado, 26 de janeiro de 2008

Noite de Lua Cheia


Feito loba em noite de lua cheia
A uivar segredos e desejos reprimidos
Represa incontida
Deságua em mim

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Epitáfio


Água, deságua,
alivia chama...
Seduz, reluz,
Solidifica,
Gelo, enlevo.
Neblina, cantina,
cenário relicário.
Rouca, louca,
Voz... Foz.
Corpo exposto,
Toque imposto...
Aqui jaz.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

SUBLIME


Semente

Vinga
Ventre
Verte
Luz
Ser
Amor

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008


Jam session



Matiz noite envolve

Solo trumpete

Invade cenário,

Trazendo tua imagem

Em partituras dissonantes.

Improviso de ritmos,

Já não há como ficar indiferente.

Embalo inspira,

Faz quereres despertarem,

Sonhos e desejos em duos...

Solidão jaz,

Sem epitáfio.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Guitarra urra
Rompe a indiferença

Causa furor
Rompe a displicência
Causa horror

Distorção grita
Rompe o ócio
Causa agitação
Rompe a indolência
Causa emoção

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Um blues


Blues é dor, lamento...
Desencontro, perdição.
Solidão, paixão, agonia...
Trocadilho, lascívia... Ironia dos astros.
É desejo, redemoinho, estrada sem fim...
Harmonia, suspiro em forma de urro !!!

"Ensaiei meu samba o ano inteiro
Comprei surdo e tamborim
Gastei tudo em fantasia
Era só o que eu queria
E ela jurou desfilar pra mim
Minha escola estava tão bonita
Era tudo o que eu queria ver
Em retalhos de cetim
Eu dormi o ano inteiro
E ela jurou desfilar pra mim
Mas chegou o carnaval
E ela não desfilou
E eu chorei na avenida , eu chorei
Não pensei que mentia a cabrocha
que eu tanto amei"
Benito Di Paula

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008